sexta-feira, setembro 22, 2006

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO PA

É preciso saber que o vinho tem uma infância, durante a qual é criminoso bebê-lo; uma idade madura mais ou menos longa, em que é bom que seja bebido; e uma velhice, mais ou menos feliz, onde é imperativo que seja bebido antes que morra”. (Henry Elwing)Como a frase acima nos mostra, o vinho pode ser comparado ao ser humano, tem uma infância, uma vida madura, velhice e a morte. Assim como nós humanos, é na velhice, ou na melhor idade, que atingimos experiência de vida. Porém há também inverdades quanto a esta filosofia, pois cada vinho deve ter sua evolução acompanhada para que seja consumido na época ideal, pois sabe-se que desta forma o vinho está envelhecendo, melhorando, até atingir o ponto máximo para consumo.Voltando-nos às nossas certezas provisórias, estas após estudo, pesquisa realizada e interação com os companheiros do grupo, foram tomando corpo e transformando-se em conhecimento, bem como, nossas dúvidas temporárias. Vinho é uma bebida alcoólica feita, tradicionalmente, da fermentação do mosto da uva. A palavra tem origem etimológica do Grego “oivoo” através do Latim VINVM que significa videira ou vinho, sendo que só podem ser chamadas de “vinho” as bebidas fermentadas a partir da uva.Há milhões de anos já havia uva e, mesmo sem evidências claras, o homem primitivo conheceu o vinho. A evolução de seu processo vem ocorrendo ao longo da história, passando da forma artesanal a industrial.A procura por vinhos de qualidade justifica-se pela busca do consumo de um produto capaz de conferir uma sensação imediata e complexa nos planos visual, gustativo e olfativo. Sua qualidade depende de vários fatores, sendo eles climáticos em relação ao solo e ao clima, o tipo de uva a qual deve ser vitinífera e não frutífera. A época da colheita deve ser realizada através do controle de maturação da uva, visando a obtenção de máxima qualidade. Neste controle é medido o teor de açúcar, a conjugação da medida de açúcares e ácidos ou de açúcares e pH, através do grau glucométrico em escala de graus Bado que apresenta a percentagem de açúcar existente em uma amostra de mosto (uva) diretamente no vinhedo ou em laboratório através do equipamento de bolso chamado refratômetro.Após processada a uva, a acidez do mosto passa pelo método titulométrico, sendo que o equilíbrio entre o teor de açúcar e acidez conferem ao vinho um equilíbrio gustativo determinante na sua qualidade.Para obtenção de 1º GL de álcool, são necessários 18 g/L de açúcar na uva. Quanto a isto, a legislação brasileira determina que os vinhos de mesa devem ter entre 10 e 13º GL de álcool e estabelece que todo álcool do vinho deve ser formado via fermentação, sendo proibida sua adição pura e simples. Sendo assim, o álcool contido no vinho de qualidade é produzido em seu processo de fermentação e não acrescido em seu processo.A diferença existente entre um vinho colonial e industrial está no tipo de uva utilizada para processar o vinho e não no seu modo de produção, sendo que o vinho colonial é produzido a partir de uvas frutíferas, ou seja, comestíveis. O vinho industrial é processado a partir de uvas vitiníferas próprias para a fabricação do vinho.Dentre as uvas vitiníferas que proporcionam vinho de qualidade estão as uvas Chardonay, Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Merlot; diferentemente das uvas de mesa como Isabel, que compramos para comer em natura. Portanto não há vinho de qualidade sem uva de qualidade.Para identificar um vinho de qualidade é preciso conhecer técnicas que vão desde o exame visual e olfativo até o gustativo, sendo que cabe ao enólogo, profissional do vinho, saber avaliar um vinho de qualidade. Porém qualquer pessoa, apreciadora de vinho, ao longo do tempo poderá desenvolver estas técnicas definindo um bom vinho. As técnicas de degustação se resumem em três fases:1ª) Análise visual, compreende a identificação da intensiadade da cor (mais ou menos escuro), a tonalidade (que indicada a maturidade do vinho, tornando o vinho com o tempo branco para escuro e o tinto para o claro), a limpidez (grau de transparência na luz), as lágrimas (indica o teor alcoólico); 2ª) Análise Olfativa, compreende três aromas: primário (cheiro da própria uva), secundário (indica o processo fermentativo e amadurecimento em madeira/carvalho), terciário (indica o envelhecimento na garraga/bouquet). Os aromas indicam o caráter a origem e a história do vinho; 3ª)Análise Gustativa, influenciada pelo o olfato na qual podemos identificar quatro sabores: doce, salgado, ácido e amargo. Para senti-los na degustação é preciso manter o vinho na boca sentindo as diferentes sensações em cada região da língua e das mucosas. Para que qualquer pessoa consiga fazer estas análises é preciso que forme sua memória olfativa em relação aos aromas existentes na natureza, pois estes são perceptíveis no vinho de qualidade, como flores, frutas frescas ou vegetais.Enófilo é o apreciador por excelência, e sabe distinguir o bom vinho, justificando o porquê de sua avaliação.“O enólogo é aquele que, diante do vinho, toma decisões e o enófilo é aquele que, diante das decisões toma o vinho”. (Adolfo Lona)Somelliere é o profissional de restaurante encarregado dos vinhos, desde a elaboração, compra e maturação do vinho na adega, aconselhamento do vinho aos clientes e respectivo serviço à mesa.Resumindo, concluímos que nossas certezas provisórias se confirmam. Porém agora de forma profunda e elaborada, pois antes o que tínhamos eram informações, agora conhecimento. Hoje podemos falar com certa propriedade o que é realmente um vinho de qualidade, os principais fatores que interferem para aquisição desta qualidade, a diferença entre um vinho colonial e industrial. Vale dizer aqui que não somos enófilos maduros, mas que comparando nossos conhecimentos com os que tínhamos no início de nosso PA há uma bagagem muito grande de conhecimento.No decorrer da pesquisa e estudo, o nosso grupo dedicou-se muito, houve interação entre todos os seus componentes, e também o conhecimento individual de cada um tanto em relação ao próprio PA como em relação a outros analisados.Nossa pesquisa veio responder nossas dúvidas provisórias e Piaget através de sua teoria nos diz “ É na relação com o meio que a criança se desenvolve, construindo e reconstruindo suas hipóteses sobre o mundo que a cerca”. Esta comprovação tivemos claramente quando saímos a campo para buscar informações sobre a nossa pesquisa. Pudemos comprovar na realidade o que os sites, livros e textos pesquisados nos informavam e foi a partir deste conjunto de informações que construímos nosso conhecimento.Nosso grupo foi parceiro, houve momentos difíceis, porém fomos desafiados a sempre produzir de modo criativo e eficaz por meio de sugestões dos professores e colegas de curso, fazendo com que cada um de nós se impulsionasse a continuar.

Parceiro é aquele que cresce junto e que sonha o sonho da gente”

Clarice Arruda
Fernanda Bizarri
Jamir Adolfo Correa
Lúcia de Oliveira
Viviane Weiss

2 comentários:

Beatriz disse...

Oi Jamir, já fiz minhas considerações no PA de vocês. Realmente se configura como uma produção de alto nível. Nos instantes finais vocês conseguiram dar a coerência necessária entre as certezas, dúvidas e informações organizadas.Além disso, sua forma está bonita, limpa e interessante. Com certeza terão muitas visitas. Valeu!!
Um abraço
Bea

Eduardo disse...

Oi Jamir!

Acabei de te enviar um e-mail sobre a publicação do Mapa Conceitual no servidor!
Acredito que seja isso, qualquer dúvida, chama!

Um abraço,
Eduardo.