sexta-feira, abril 03, 2009

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Joinville - Sexta-feira, 10 de Agosto de 2001- Santa Catarina
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Diretoria amplia número de vagas

A diretora-geral da Escola de Ensino Básico Professor João Rocha, Maria Terezinha Serafim, explica que a Secretaria Estadual da Educação - mantenedora do projeto desenvolvido pelo Ceja - autorizou a abertura de duas novas turmas. O colégio, até então, oferecia 80 vagas. "A matrícula no curso é uma exigência das indústrias que empregam muitas destas pessoas", comenta. "Os que não conseguiram uma vaga podem perder o emprego", alerta
A aquisição de dois novos aparelhos (vídeo e televisão) garantiram a matrícula de outros 102 alunos. "Eu fui obrigado a abrir duas vagas extras. O apelo de duas pessoas me comoveu. Eles iriam perder o emprego", relata o professor e monitor Jamir Adolfo Correa.
O programa vem sendo desenvolvido em quatro diferentes regiões de Joinville desde fevereiro do ano passado. O método de ensino é baseado no material oferecido pelo programa telecurso (desenvolvido pelo Ministério da Educação e pela Fundação Roberto Marinho). "Os alunos vêem a fita e fazem os exercícios dos livros. Os professores auxiliam no trabalho e tiram dúvidas", explica o professor Jamir.
O curso, que teria a duração de três anos no sistema normal, é realizado em 14 meses. "A associação de vários métodos de ensino não prejudica o aprendizado", argumenta Jamir.

Alternativas

As pesquisas da Secretaria Estadual de Educação revelaram que 80 mil joinvilenses, entre jovens e adultos, não concluíram o ensino fundamental ou o médio. "O governo conhece as dificuldades e está investindo em soluções", destaca o diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Donato Back.
O programa de educação vem sendo implantado gradativamente em todo o Estado, desde o início do último ano. A iniciativa beneficia 2.500 moradores de Joinville. "Não conseguimos atender a demanda", admite.
Donato diz que uma das alternativas é criar parcerias entre as secretarias estadual e municipal. "Não podemos levar 10 anos para atender a estas 80 mil pessoas", diz.
Donato acredita que as 300 pessoas que estão aguardando uma vaga na escola do bairro Aventureiro devem estar na sala de aula no início de fevereiro. "A comunidade vai ter que esperar mais um pouco", afirma. (RF)